ESSA É A MATEMÁTICA QUE VIVEMOS!

ESSA É A MATEMÁTICA QUE VIVEMOS!
Sejam bem-vindos ao blog Matemática para a vida!
Destina-se á todo o público interessado em aprender e ensinar a matemática, tudo isso, relacionando a teoria com o significado das tarefas que realizamos em nosso cotidiano, em uma compra de supermercado, na verificação das horas, nos jogos que brincamos, no calculo simples de quantos familiares possuímos, na ação de fazer uma ligação telefônica ou no simples mudar de canal da TV.
Podemos considerar o cálculo mental um conjunto de procedimentos de cálculo que podem ser analisados e articulados diferentemente por cada indivíduo para a obtenção mais adequada de resultados exatos ou aproximados, com ou sem o uso de lápis e papel. Os procedimentos de cálculo mental se apoiam nas propriedades do sistema de numeração decimal e nas propriedades das operações, e colocam em ação diferentes tipos de escrita numérica, assim como diferentes relações entre os números. O cálculo mental permite maior flexibilidade de calcular, bem como maior segurança e consciência na realização e confirmação dos resultados esperados, tornando-se relevante na capacidade de enfrentar problemas. Tal desenvolvimento de estratégias pessoais para se calcular vai ao encontro das tendências recentes da psicologia do desenvolvimento cognitivo, que nos apontam para a importância de uma aprendizagem com significado e do desenvolvimento da autonomia do aluno.
 Existem aqueles que acreditam que o cálculo mental é fazer a conta bem depressa, mas é bobagem querer competir com a calculadora. As vantagens são outras. Ao fazer a conta de cabeça, o estudante percebe que há caminhos diversos na resolução de um mesmo problema. É pelo cálculo mental que ele também aprende a realizar estimativas (ler uma conta e imaginar um resultado aproximado) e percebe as propriedades associativa (une dezena com dezena, unidade com unidade e assim por diante) e de decomposição (nota que 10 = 5 +5, entre outras possibilidades). Isso tudo sem precisar conhecer esses termos.
Os estudos de Piaget demonstraram que a noção de número não é inata na criança, e que os conceitos numéricos não são adquiridos através da linguagem e troca de experiências somente, mas principalmente de uma construção que só ocorre “através da criação e coordenação de relações”. (KAMII, 1985, p. 26). Não é um treino apenas visual, mas sim a construção mental da estrutura lógico matemática de número que passará a permitir que faça deduções, tornando-a “capaz de raciocinar logicamente numa ampla variedade de tarefas mais difíceis que a da conservação. Contudo, se ela for ensinada a dar meramente respostas corretas à tarefa de conservação, não pode esperar que prossiga em direção a raciocínios matemáticos de nível mais alto.”
Constance Kamii em sua obra “A criança e o número”, diz que: Piaget (1948, Cap. IV) declarou que a finalidade da educação deve ser a de desenvolver a autonomia da criança, que é, indiscutivelmente, social, moral e intelectual. [...] A autonomia significa o ato de ser governado por si mesmo. É o contrário de heteronomia, que significa ser governado por outra pessoa). (KAMII, 1985, p. 33)
Pode-se dizer que esta autonomia na matemática, significa que as crianças acreditam naquilo que fazem, não que sejam levadas a dizer ou fazer coisas por seguirem um exemplo ou por decorarem regras e fórmulas. Para ilustrar esta condição de autonomia intelectual, Constance Kamii, nesta mesma obra, conta a história de uma menina de 6 anos que pergunta à mãe, na época de natal, porque Papai Noel usa papel de presente igual ao que eles têm em casa. A mãe lhe dá uma explicação qualquer mas ela, não satisfeita, pergunta por que o Papei Noel tem a mesma letra que seu pai.
Autonomia seria então o contrário da memorização simples e sem significado, comumente chamado pelos alunos como “decoreba”.
 Segundo Constance Kamii,
“o objetivo para “ensinar” o número é o da construção que a criança faz da estrutura mental do número. Uma vez que esta não pode ser ensinada diretamente, o professor deve priorizar o ato de encorajar a criança a pensar ativa e autonomamente em todos os tipos de situações. Uma criança que pensa ativamente, à sua maneira, incluindo quantidades, inevitavelmente constrói o número. A tarefa do professor é a de encorajar o pensamento espontâneo da criança, o que é muito difícil porque a maioria de nós foi treinada para obter das crianças a produção de respostas “certas””. (KAMII, 1985, p. 41)



Com base na bibliografia apresentada percebemos que há um grande desafio imposto ao professor quanto ao ensino da matemática, pois ensinar os alunos os significados e as técnicas das operações matemáticas, não garante que esses compreendam e interpretem de maneira significativa os problemas e situações cotidianas de modo a buscar soluções e resolver os mesmos.
Ao aprofundarmos os estudos com base na autora Kamii e termos como referência o livro “O homem que calculava”, de Tahan, destacamos que dentro dessa perspectiva é fundamental que o professor estimule seu aluno a contextualizar a matemática, para que esse invente e reinvente maneiras de solucionar situações-problemas da sua realidade de maneira criativa, diferente do tradicional e ousada.
            Tendo por base as propostas de ensino para a matemática, principalmente nas séries iniciais, percebemos uma grande preocupação com as questões relacionadas aos conceitos numéricos, ou seja, a percepção da resolutividade de situações problemas que partam do cotidiano, por parte do aluno.
             Para Constace Kamii cálculo mental, como modalidade de cálculo, tem recebido pouca atenção, tanto no currículo escolar, quanto pelos educadores em geral. Quando na realidade, as operações de cálculo mental deveriam ser intensificadas, pois facilitam o desenvolvimento de habilidades que favorecem a compreensão do registro do cálculo e da aquisição das técnicas operatórias.
            Porém, no ambiente escolar, essas estratégias não recebem tanto mérito e aproveitamento quanto o do ensino das contas descontextualizadas, ou mesmo da mera decoração da tabuada.
             Kamii afirma que a educação deve promover a autonomia dos estudantes e não seu conformismo e simples obediência às regras. È necessário que o educador crie na sala de aula um ambiente propício para a aquisição de novos conhecimentos, sem que os alunos se sintam pouco a vontade para cometer erros e falarem o que pensam sobre o que foi exposto.
             O ideal, segundo Kamii é considerar que o erro é o caminho para o crescimento, estímulo para o raciocínio e o calculo mental, e assim para a resolução do problema apresentado e descrito.
              O cálculo mental ocorre quando há o uso de estratégias matemáticas e um efetivo conhecimento das quatro operações (adição, subtração, multiplicação e divisão). Assim, a simples atividade de quantificação constitui uma parte inevitável da vida diária, devendo ocorrer no ensino da matemática de forma tranquila, utilizando o concreto para desenvolver noções de divisão, registro sistemático de informações, entre outras situações de aprendizagem.
               Outra atividade muito defendida pela autora é a utilização de jogos variados para o desenvolvimento de estratégias de resolução e uso sistemático das quatro operações matemáticas, promovendo desta forma a aprendizagem de conceitos e não a mera decoração numérica.
                           Quando se trata do trabalho com jogos na matemática, temos que ficar atentos ao fato de que ela exige imaginação, não se pode ensinar matemática de maneira a fazer a criança pensar de apenas uma maneira. Se o jogo passa pelo caminho das regras, ideias, estratégias, previsões, exceções e análise de possibilidades, seu uso deve ser incentivado na escola.
                 Nesta perspectiva, a autora aponta alguns jogos e brincadeiras que aliados a um bom planejamento de aula, ensina muito mais que vãs repetições realizadas há anos nas escolas. Como por exemplo, o jogo com alvos, como bolinha de gude e o boliche, são bons jogos para a contagem de objetos e comparação de quantidades; o jogo de esconder envolve divisão com números, adição e subtração; os jogos de baralho desenvolvem o pensamento lógico e numérico, entre outros citados pela autora.
                  A autora afirma que quando se trata da matemática, temos que ficar atentos ao fato de que ela exige imaginação, não se pode ensinar matemática  fazendo a criança pensar que existe apenas uma maneira correta para a resolução das situações problemas.
Alguns outros autores apresentam técnicas criativas de resolver situações e servem como exemplo e estimulante para que a criatividade seja uma habilidade presente em nós.
Em nossa segunda referência citamos um bom livro como exemplo. Trata-se da obra “O Homem que Calculava” do autor brasileiro, Júlio César de Mello e Souza, mais conhecido pelo heterônimo de Malba Tahan. Este livro conta às aventuras de um homem singular e suas soluções fantásticas para problemas aparentemente insolúveis, ensinando a matemática por meio da ficção, do lúdico e de forma prazerosa, desencadeando situações de aprendizagem diversificadas, vários pontos de vista sobre o mesmo problema.
Dentro da obra o autor apresenta um desafio chamado “quatro quatros”, aonde o objetivo é formar números inteiros (de 1 a 100, exceto o 41) usando apenas o algarismo 4 e operações aritméticas elementares. Por exemplo, para formar o número 3, podemos fazer 3 = (4 + 4 + 4) / 4. (cap. 7), dando ênfase na resolução do problema apresentado e não simplesmente na forma como ele deveria ser resolvido convencionalmente.
Cabe destacar que, nesta obra, o autor chama a atenção dos leitores para o registro do pensamento. Ou seja, há inúmeras formas de resolução das situações, mas estas formas precisam ser registradas de forma lógica para que todos possam comprovar que o resultado é correto para todos. Desta forma, valoriza a sistematização do pensamento lógico matemático, bem como o registro das ideias que são apresentadas para cada situação.
Tanto Kamii quanto Tahan destacam a importância do incentivo ao cálculo mental por meio do pensamento lógico matemático, enfatizando sua utilidade no cotidiano das pessoas, nas situações praticamente rotineiras que a matemática envolve. Possibilitando ao aluno a oportunidade de internalizar conceitos de forma prática e prazerosa, desmistificando a matemática como uma ciência teórica, na qual existem apenas fórmulas complicadas e onde poucos a aprendem efetivamente.




Para o ensino de matemática em primeiro lugar cabe ao professor criar um ambiente no qual as crianças possam falar, praticar, se expressar e aprender além dos modelos convencionais, sabendo que o que aprendem tem uma funcionalidade na vida cotidiana.
Tal afirmação é considerada pelo fato dos alunos muitas vezes se sentirem desmotivados com o aprendizado da matemática, uma vez que os modelos didáticos convencionais não valorizam o pensamento e uso dessa disciplina em sociedade.
Durante uma atividade, a criança vive um momento de apropriação de conhecimento. Desta forma é importante que ela tenha um tempo para experimentar, refletir sobre suas ações e comunicar suas ideias aos seus pares e pessoas do convívio. O professor deve evitar manter os alunos ocupados com tarefas apenas do livro didático a ponto de não lhe sobrar tempo e espaço para refletir, concluir e aprender.
Na aprendizagem dos estágios iniciais de escolaridade, vemos que embora a manipulação de materiais seja fundamental, não tome como princípio que a criança aprende somente por sua ação direta sobre os objetos. A reflexão acerca de suas ações e a comunicação de seus processos mentais são também importantes.
O papel do professor é de suma importância, deve sempre mediar e intervir nas atividades, sugerindo atividades, corrigindo caminhos, fazendo sugestões e  muitas perguntas, estimulando a troca de soluções.
Os alunos devem viver situações em que possam trabalhar em grupo ou duplas, trocar ideias e discutir sobre os conteúdos. O ambiente criado na sala de aula deve incentivar situações em que elas tomem decisões, discordem ou concordem umas com as outras, expliquem o que e porque fizeram. Logo, as rodas de conversa são elementos fundamentais para criar conceitos e produzir conhecimentos, valorizando o que o aluno já traz consigo.
Enfim, matemática além da sala de aula é ter em mente que ensinar de maneira construtiva e prazerosa é o que constrói aprendizagens significativas com os alunos. Assim o professor  que busca aulas práticas e se atualiza para entender qual a melhor forma de aprendizado é capaz de superar a matemática tradicional do dois mais dois.


·         Situações problemas no uso do dinheiro e quanto custará uma compra em mercado;

Atividade a ser desenvolvida: Confecção de mini mercado.

Faixa etária: 7 ou 8 anos/ 1 e 2 ano do ensino fundamental.

Materiais: Embalagens de alimentos (Ex: caixas de leite, sabão, embalagem de arroz, feijão, etc), folhas de papeis diversos, durex, jornal, tesoura, etc.

Desenvolvimento

1 momento:
Começar com os alunos uma roda de conversa sobre o que é feito quando as pessoas vão ao mercado? Trazendo para a discussão elementos que norteiem o uso das operações matemáticas.

2 momento:
Propor aos alunos uma oficina para a elaboração de um mini mercado em um cantinho da sala. Nesse momento será necessário elaborar uma lista sobre quais itens devem compor o mercado, logo distribuir os itens para que todos os alunos tragam as embalagens.

3 momento:
Oficina de confecção dos produtos do mercado, como por exemplo encher as embalagens com jornal, fechar com durex, etc. também será necessário encapar caixas para organizar os itens como se fosse prateleiras e construção das notas de dinheiro.

4 momento:
Organizar com a turma grupos onde estes se colocarão na situação de vendedor e comprador, alternando a participação nesses papeis. É importante o professor mediar o processo a fim de que as crianças visualizem o uso das operações na brincadeira, propondo elaboração de listas de compras, verificação de preços, troco, quantidade de produtos, etc.

5 momento:
Após a brincadeira confeccionar em grupos cartazes onde as crianças possam expressar as situações problemas vivenciadas com a atividade e o que mais gostaram.

6 momento:
Essa é uma atividade que pode ser permanente ao longo do ano letivo, podendo ser feita alterações sobre dos itens de compra e direcionando seu objetivo, sendo para o professor uma ferramenta para trabalhar a importância do uso das operações matemáticas no dia a dia.

Registros Conclusivos

Com essa atividade os alunos experimentaram na prática o uso das operações matemáticas aprendidas na escola de maneira lúdica e prazerosa. Levar a Matemática desta forma para a sala de aula estimulou os alunos a se interessarem por ela.
Romper com a arrumação convencional da sala de aula, na qual todas as carteiras estão voltadas para frente, onde se coloca o professor para transmitir os conhecimentos, fez com que os alunos se sentissem atuantes em seu processo de aprendizagem. Percebemos que estimular as diferentes arrumações da classe com o uso do cantinho (Mini mercado) e propor trabalhos em grupos de alunos trouxe discussões riquíssimas envolvendo toda a turma e mediadas pelo professor.

As situações problemas vivenciadas mostraram aos alunos que realmente a matemática é importante para as situações que envolvem as operações no cotidiano das pessoas que vivem em sociedade.
O que são os números?


Qual sua função?

Qual a relação dos números com a história da humanidade?


A história



A noção de número esta  ligada à história da  humanidade.      
Os números foram criados, ao longo da história, diante da necessidade do homem, pois precisavam de uma forma de representar as quantidades.


Contar foi a primeira atividade matemática da Humanidade. À medida que o Homem evoluiu, a Matemática foi sendo necessária: ... ao descobrir o fogo, o homem começou a caçar e a desenhar o que sucedia nas paredes das cavernas;
Aparecem desenhos de animais e traços que indicam contagens (cada traço representa uma coisa. animal, seta, ...).


Quando o homem deixou de ser nômade e passou a ficar mais tempo em um lugar, foi preciso controlar o número de animais que cuidava.



Os pastores soltavam seu rebanho pela manhã e contavam esses animais através de pedrinhas que eram colocadas num saco. Para cada animal, usava-se uma pedrinha.
Ao final do dia, ao buscar o rebanho, os pastores contavam de forma inversa, retirando do saco uma pedrinha para cada animal.

Nessa época existiam outras formas de representação numérica, como nós em cordas ou riscos feitos em ossos e pedras, sendo que cada região utilizava uma forma diferente.


Egípcios


O homem percebeu que precisava de uma forma única de representar essas quantidades, para facilitar o entendimento entre os diferentes povos.
Os egípcios foram um dos primeiros povos a criar um sistema de numeração.

Romanos


Também inventaram uma forma de contar as coisas, ou seja, o seu sistema de numeração, conhecidos como números romanos. Podemos encontrá-los até hoje, sendo usados na escrita dos séculos, em relógios, capítulos de livros, nomes dos papas, etc.


Porém, os números que usamos foram criados pelos indianos, no Norte da Índia, em meados do século V da era cristã. As primeiras inscrições aparecem aproximadamente da forma como escrevemos. Descobriram as posições de se colocar os mesmos para formar os números maiores.

Mas foram os árabes que difundiram essa forma de contagem e por isso ficaram conhecidos como indo-arábicos, através de um grande matemático chamado al-Khwārizmī, que deu o nome aos mesmos de “algarismos”.


E a nossa própria vida está impregnada de matemática: grande parte das comparações que o homem formula, assim como gestos e atitudes cotidianas, sem esquecer que a ciência, a indústria e o comércio nos colocam em permanente contato com o amplo mundo da matemática









As atividades foram realizadas com crianças do 2º ano no Ensino Fundamental
 Idade : 7 anos

Primeiramente, foram colocados alguns ábacos sobre a mesa, em que os alunos puderam observar e manipular para conhecerem o material, em seguida, foi questionado: “Vocês conhecem o ábaco? Já ouviram falar sobre ele? Onde? Pra vocês o que acham que seja o ábaco?” A partir das respostas dadas, falamos um pouco sobre esse objeto respondendo as seguintes indagações: “O que é um ábaco? Para que serve? Qual a sua importância na antiguidade? Quais os tipos?” Entre outras. Em seguida construirmos o ábaco da seguinte maneira:
   Com essas explicações pedimos que os alunos representassem alguns números no ábaco, primeiro apenas com unidade, depois dezena, centena e até unidade de milhar com o objetivo de que eles pudessem compreender e aprender o valor posicional de cada número e facilitasse no momento de fazer os cálculos.
   Ao conseguirem representar os números com auxílio do ábaco, realizamos a adição e subtração para resolução de alguns cálculos com o ábaco, explicando como seriam feitos o processo de adicionar e subtrair. Esse exemplo mostrou como os nossos antepassados faziam os cálculos e também para que eles compreendessem o sistema de numeração decimal além de como fazemos os cálculos atualmente.
   Ao término da atividade retomamos alguns pontos importantes para que os alunos compreendessem o conteúdo trabalhado. 


Perguntas desafiadoras

1) Como é feita a contagem? Como representar cada quantidade?
2) Por qual motivo um colega representou o número proposto de uma forma e o colega de outro?
3) Quantas unidades formam uma dezena? Vamos representa- lá no ábaco?
4) Como será que representamos a dezena,  centena, milhar no ábaco?
5) Como fazer uma conta de adição através do ábaco?
6) Represente o número 1209. Por que a dezena não foi representada por nenhuma bolinha do ábaco?

Resultado da aula

Os alunos disseram não conhecer o ábaco e nunca representaram números e contagem com seu auxílio, assim, demonstraram o tempo todo interesse e dedicação ao realizar as atividades propostas.
No começo ficaram observando atentamente o que a professora explicava e depois desenvolveram todas as atividades naturalmente. Ao longo das atividades os alunos já faziam perguntas e um auxiliava o outro,
assim, representaram números apenas com unidade,dezena centena e dezena de milhar e finalizamos com operações de adição e subtração.

Ao finalizar, a professora perguntou aos alunos se gostaram da aula e de representar e realizar operação com o ábaco? E responderam que foi muito legal e mais fácil aprender com o ábaco, contando a novidade aos seus colegas e com certeza, a alegria e satisfação estavam estampadas no rostinho de cada um, assim, concluímos que a atividades práticas devem estar presentes na sala de aula para que aprendizagem seja significativa e prazerosa.









A palavra ábaco originou-se do Latim abacus, e esta veio do grego abakos. Esta era um derivado da forma genitiva abax (lit. tábua de cálculos). Porque abax tinha também o sentido de tábua polvilhada com terra ou pó, utilizada para fazer figuras geométricas, alguns linguistas especulam que tenha vindo de uma língua semítica (o púnico abak, areia, ou o hebreu ābāq (pronunciado a-vak), areia).
O Ábaco, primeira máquina de calcular da humanidade, foi inventado pelos chineses  conhecendo-se também versões japonêsas, russas e aztecas.


Ábaco dos Nativos Americanos 


          No ábaco dos nativos americanos, ou mesoamericanos, é utilizado um sistema de base 20 e 5 dígitos. Não eram usados para fazer cálculos, e sim para gravar dados numéricos, como varas de registro avançadas. Para os cálculos, era usado uma tábua de contar. O método de utilização dessa tábua era desconhecido até meados de 2001, até que uma explicação para a base matemática desse instrumento foi proposta.
 O ábaco dos nativos americanos, proveniente da cultura asteca, possui também muitos outros nomes, como: nepohualtzintzin ou yupanas (tábua de contar).

Ábaco chinês



O registro mais antigo que se conhece é um esboço presente num livro da dinastia Yuan (século XIV). O seu nome em Mandarim é "Suan Pan" que significa "prato de cálculo". O ábaco chinês tem 2 contas em cada vareta de cima e 5 nas varetas de baixo razão pela qual este tipo de ábaco é referido como ábaco 2/5. O ábaco 2/5 sobreviveu sem qualquer alteração até 1850, altura em que aparece o ábaco do tipo 1/5, mais fácil e rápido.Os modelos 1/5 são raros hoje em dia, e os 2/5 são raros fora da China exceto nas suas comunidades espalhadas pelo mundo.



Ábaco japonês



Por volta de 1600 D.C., os japoneses adotaram uma evolução do ábaco chinês 1/5 e chamado de Soroban. O ábaco do tipo 1/4, o preferido e ainda hoje fabricado no Japão, surgiu por volta de 1930. Uma vez que os japoneses utilizam o sistema decimal optaram por adaptar o ábaco 1/5 para o ábaco 1/4, desta forma é possível obter valores entre 0 e 9 (10 valores possíveis) em cada coluna. O soroban  passou por significativas mudanças até ser obtida a configuração atual. O instrumento de cálculo fora "importado" da China há quase 380 anos, em 1622. Ao Brasil foi trazido pelos primeiros imigrantes, em 1908, ainda em sua versão antiga, mas já modificada do original chinês; em 1953 é introduzido o soroban moderno, utilizado atualmente.

Ábaco Asteca


De acordo com investigações recentes, o ábaco Asteca (Nepohualtzitzin),teria surgido entre 900-1000 D.C. As contas eram feitas de grãos milho atravessados por cordéis montados numa armação de madeira. Este ábaco é composto por 7 linhas e 13 colunas. Os números 7 e 13 são números muito importantes na civilização asteca. O número 7 é sagrado, o número 13 corresponde à contagem do tempo em períodos de 13 dias.

Ábaco Russo


         O ábaco russo, inventado no século XVII, e ainda hoje em uso, é chamado de Schoty). Este ábaco opera de forma ligeiramente diferente dos ábacos orientais. As contas movem-se da esquerda para a direita e o seu desenho é baseado na fisionomia das mãos humanas. Colocam-se ambas as mãos sobre o ábaco, as contas brancas correspondem aos polegares das mãos (os polegares devem estar sobre estas contas) e as restantes contas movem-se com 4 ou 2 dedos.

Ábaco Grego


      Uma tábua encontrada na ilha grega de Salamina em 1846 data de 300 a.C.,fazendo deste o mais velho ábaco descoberto até agora. É um ábaco de mármore de 149 cm de comprimento, 75 cm de largura e de 4,5 cm de espessura, no qual existem 5 grupos demarcações. No centro da tábua existe um conjunto de 5 linhas paralelas igualmente divididas por uma linha vertical, tampada por um semicírculo na intersecção da linha horizontal mais ao canto e a linha vertical única. Debaixo destas linhas, existe um espaço largo com um a rachadura horizontal a dividi-los. Abaixo desta rachadura, existe outro grupo de onze linhas paralelas, divididas em duas secções por uma linha perpendicular a elas, mas com o semicírculo no topo da intersecção; a terceira, sexta e nona linhas estão marcadas com uma cruz onde se intersectam com a linha vertical.


Ábaco Romano



O método normal de cálculo na Roma antiga, assim como na Grécia antiga,era mover bolas de contagem numa tábua própria para o efeito. As bolas de contagem originais denominavam-se calculi. Mais tarde, e na Europa medieval, os jetons começaram a ser manufaturados. Linhas marcadas indicavam unidades, meias dezenas, dezenas, etc., como na numeração romana. O sistema de contagem contrária continuou até à queda de Roma,assim como na Idade Média e até ao século XIX, embora já com uma utilização mais limitada.

Versão moderna de um ábaco



Até hoje, os ábacos são fabricados e usados em transações comerciais. Não só por tradição como também por ser um meio altamente eficiente de executar operações matemáticas.

Usos pelos deficientes visuais

        Um ábaco adaptado, inventado por Helen Keller e chamado de Cranmer, é ainda utilizado por deficientes visuais. Um pedaço de fabrico suave ou borracha é colocado detrás das bolas para não moverem inadvertidamente. Isto mantém as bolas no sítio quando os utilizadores as sentem ou manipulam. Elas utilizam um ábaco para fazer as funções matemáticas multiplicação, divisão, adição, subtração, raiz quadrada e raiz cúbica.
Embora alunos deficientes visuais tenham beneficiado de calculadoras falantes, o uso do ábaco é ainda ensinado a estes alunos em idades mais novas, tanto em escolas públicas como em escolas privadas de ensino especial. O ábaco ensina competências matemáticas que nunca poderão ser substituídas por uma calculadora falante e é uma ferramenta de ensino importante para estudantes deficientes visuais. Os estudantes deficientes visuais também completam trabalhos de matemática utilizando um escritor de Braille e de código Nemeth (uma espécie de código Braille para a matemática), mas as multiplicações largas e as divisões podem ser longas e difíceis. O ábaco dá a estudantes deficientes visuais e visualmente limitados uma ferramenta para resolver problemas matemáticos que iguala a velocidade dos seus colegas sem problemas visuais utilizando papel e lápis. Muitas pessoas acham esta uma máquina útil durante a sua vida.


            A construção do conceito de número na aprendizagem é fundamental para garantir um bom desenvolvimento da matemática na vida escolar dos alunos.
            Tal afirmação é considerada pelo fato da leitura e escrita dos números estarem por toda parte, em jornais, revistas, livros, anúncios, jogos, etc., e serem necessárias para a vida dos indivíduos em sociedade. Em um contexto geral é perceptível às dificuldades que os alunos do ensino fundamental possuem em relacionar o conteúdo da matemática de maneira significativa para sua vida.
            Quando uma criança está no processo inicial da construção do conceito e numero, o professor mediador desse processo deve criar possibilidades de intervenções para haver a aprendizagem.
            Um exemplo disso é que através das experiências de quantidades o aluno começa a construir sua lógica sobre os números podem representar a quantidade de alunos da classe, de lápis de cor, de alunos da escola, de ruas do bairro etc. Desta forma e dentro de cada faixa etária a matemática em seu conceito de numero deve ser aprendida com exemplos próximos a realidade do aluno.
            Outro exemplo são os recursos didáticos que facilitam a compreensão dos números (composição, decomposição, sistema decimal, valor e operação), o ábaco, material dourado, calendário, tabela de numero, palitos de fósforos e sorvete, bingo, etc.
            Mas, por outro lado o professor também de forma lúdica deve criar com os recursos disponíveis situação de aprendizagem, como por exemplo elaborar um mercado, onde o aluno se vê em uma situação real de preço/ dinheiro. (Quanto custa? / Quanto possuo?).
            Enfim para haver a compreensão do conceito de número, o professor é um ator principal e deve através de suas estratégias de ensino criar situações problemas, questionar, confrontar, debater sobre as relações que os alunos fazem sobre o conteúdo matemático. Assim através dessas intervenções superar as hipóteses iniciais das crianças sobre conceito de numero tanto de forma oral quanto no uso que faz em sua vida cotidiana.
 
         Júlio César de Mello e Souza  (Rio de Janeiro, 6 de maio de 1895  Recife, 18 de junho de 1974), mais conhecido pelo heterônimo de Malba Tahan, foi um escritor e matemático brasileiro. Através de seus romances foi um dos maiores divulgadores da matemática no Brasil.
         Ele é famoso no Brasil e no exterior por seus livros de recreação matemática e fábulas e lendas passadas no Oriente, muitas delas publicadas sob o heterônimo/pseudônimo de Malba Tahan.
         Seu livro mais conhecido, O Homem que Calculava, é uma coleção de problemas e curiosidades matemáticas apresentada sob a forma de narrativa das aventuras de um calculista persa à maneira dos contos de Mil e Uma Noites.
         Monteiro Lobato classificou-a como: "… obra que ficará a salvo das vassouradas do Tempo como a melhor expressão do binômio ‘ciência-imaginação. ’" Júlio César, como professor de matemática, destacou-se por ser um acerbo crítico das estruturas ultrapassadas de ensino. "O professor de Matemática em geral é um sádico. — Denunciava-o. — Ele sente prazer em complicar tudo." Com concepções muito à frente de seu tempo, somente nos dias de hoje Júlio César começa a ter o reconhecimento de sua importância como educador.